Pensei em vários temas, porém nunca eram concluídos para
iniciar a primeira postagem deste blog.
Então decidi iniciar discutindo sobre uma atividade muito
comum que de certa forma já faz parte da cultura de Emas.
Todos os anos são feitos aceiros (faixas de 50 m) onde os
mesmos teoricamente servem como barreiras para impedir a dispersão de possíveis
focos de incêndios.
Apesar do fogo fazer parte da biologia/ecologia do Cerrado,
quando em quantidade e velocidade elevada, o mesmo ocasiona impactos negativos
sobre a biodiversidade.
Aceiro sendo manejado pela brigada do Parque Nacional das
Emas. Foto: André de Oliveira
Após o manejo do fogo, Emas fica com outra cara, pois vários
animais utilizam áreas queimadas para forragear.
Por isto julho é o início da temporada de observação de aves em Emas onde algumas espécies raras dão shows nos aceiros!
O mineirinho (Charipospiza
eucosma) é especialista em forragear em áreas queimadas. Foto: André de Oliveira
O Lobinho (Cerdocyon
thous) também procura estas áreas já que suas possíveis presas estão mais visíveis.
Foto: André de Oliveira
Enfim, em Emas, fogo
também é vida e deixa a paisagem com outra cara e características, afinal:
“Nem tudo que é torto é errado, vide as pernas do Garrincha
e as árvores do Cerrado”
Rebrota. Foto: André de Oliveira